*Nota sobre a música O Bêbado e o Equilibrista.
O irmão do Henfil, famoso cartunista brasileiro morto em decorrência da AIDS, era o brilhante sociólogo Heberth de Souza, o Betinho, também vítima da mesma doença.
No final dos anos 70, Betinho, opositor ao regime militar instalado com o Golpe de 1964, encontrava-se exilado na França. Tinha definido que, diante do conturbado cenário político, não voltaria mais a viver no Brasil.
Também achava que não valia mais a pena lutar contra a repressão, já que tantas pessoas perderam a vida em nome da causa e nem por isso os militares deixaram de desfrutar do apoio da maioria da população.
Até que a dupla João Bosco (música) e Aldir Blanc (poesia) escreveu “O bêbado e o equilibrista”, que, em tom de metáfora, bradou o sonho da liberdade política, e cravou para a história o verso “Brasil que sonha com a volta do irmão do Henfil”. Pronto, Betinho transformou-se em signo da luta contra a ditadura.
O sociólogo, ainda em Paris, ouviu a canção pela primeira vez por telefone. Retornou ao Brasil logo após a anistia e, por fim, entendeu que “o show tem que continuar”. Sempre!
O irmão do Henfil, famoso cartunista brasileiro morto em decorrência da AIDS, era o brilhante sociólogo Heberth de Souza, o Betinho, também vítima da mesma doença.
No final dos anos 70, Betinho, opositor ao regime militar instalado com o Golpe de 1964, encontrava-se exilado na França. Tinha definido que, diante do conturbado cenário político, não voltaria mais a viver no Brasil.
Também achava que não valia mais a pena lutar contra a repressão, já que tantas pessoas perderam a vida em nome da causa e nem por isso os militares deixaram de desfrutar do apoio da maioria da população.
Até que a dupla João Bosco (música) e Aldir Blanc (poesia) escreveu “O bêbado e o equilibrista”, que, em tom de metáfora, bradou o sonho da liberdade política, e cravou para a história o verso “Brasil que sonha com a volta do irmão do Henfil”. Pronto, Betinho transformou-se em signo da luta contra a ditadura.
O sociólogo, ainda em Paris, ouviu a canção pela primeira vez por telefone. Retornou ao Brasil logo após a anistia e, por fim, entendeu que “o show tem que continuar”. Sempre!
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