Peixe Grande

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Peixe Grrande
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Mais Natureza

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Natureza para a vida ficar melhor

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Broto advanced
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Esse clique foi no Jardim da Câmara Municipal de Camaçari, em um dia atípico, em plena volta de feriado. Salvou o jornada.

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Maior do que o homem é a sua obra

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Quem nasceu entre as décadas de 70 e 80 saberá bem do que vou falar. Aos que dançaram, ou simplesmente esboçaram uma imitação silenciosa dos passos flutuantes de triller, a prosa, que - a partir de agora - vai se desenvolver, soará, quem sabe, como um carinho aos ouvidos.

Michael Joseph Jackson, cujo sucesso estrondoso inspirou milhares de mães brasileiras, quase sempre paupérrimas, a nominar os filhos, morreu esta semana e, como é comum nesses tipos de episódios, há poucas avaliações sérias sobre o significado da perda desta figura que fora batizada, ainda no início da carreira, de o Rei do Pop.

Artista de raro talento, Jackson teve a trajetória dividida em três etapas: infância (Jackson Five), maturidade musical (época em que vendeu, por exemplo, mais de 100 milhões de discos somente com o álbum Triller) e decadência jocosa, quando passou a aparecer na mídia apenas por conta das muitas excentricidades e dos escândalos de variadas ordens.

Algumas análises injustas tomam por base majoritária apenas os fatos pertencentes ao último ciclo da vida do pop star, o que é injusto e até desonesto. Ignoram, pura e simplesmente, a pedra basilar dos que fazem carreira sólida no show bussiners: o talento. E talento, é inegável, Michael Jackson tinha demais. Cantava muito bem, cabe ressaltar que ele alcançava notas agudas como poucos, e ditou moda na dança, com passos e sequências que pareciam desafiar as leis da física.

Há um fato na história do Rei do Pop que pode passar despercebido da maior parte das pessoas, mas é, para mim, fundamental. Também conhecido por ter se submetido a um degenerativo processo de enbranquecimento, que pode ser entendido como uma tentativa desesperada de negação da origem afro, o cantor de Black or White desempenhou um papel paradoxal na aceitação da música essencialmente negra pela elite branca.

É isso mesmo. Durante toda a sua vida, dos primeiros passos na Montow aos últimos hits emplacados nas paradas de sucesso, ele foi um artista estritamente negro. Provas disso são o falsete marcante, o fraseado do soul e a dança híbrida, junção de elementos da bailado de salão com o puro swing dos guetos, que sempre exibiu nos palcos. Neste sentido, o dono do rancho Neverland foi um elemento agregador entre as raças, uma relação que ainda haverá de ser estudada detalhadamente pela Academia e especialistas do mundo artístico.

Outro elemento essencial para dimensionar o tamanho da obra e, conseqüentemente, da importância do homem que, do alto de suas extravagâncias, pensou ser Peter Pan, o menino das fábulas que jamais se tornou adulto, foi a influência avassaladora exercida por ele em praticamente todos os artistas pop de sucesso. Em outras palavras, isso significa que quase todo mundo tem um pouco de Michael Jackson, seja através da valorização da coreografia como atributo ou da preocupação com a composição do figurino.

Por fim, o legado mais importante deixado foi a clara demonstração de que mais importante do que o homem – em si - é a obra consolidada por ele. Em função disso, deveremos lembrar sempre de Michael Joseph Jackson como um dos maiores artistas de todos os tempos, um sujeito que cravou o nome na história da música e marcou a vida de milhões de pessoas.

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