A fenda abissal entre os que são e os quem pensam ser

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Se me perguntarem qual a maior riqueza do ser humano, responderei sem pestanejar que é o conhecimento. Dinheiro, sucesso e poder - coisas que muitas pessoas normalmente enaltecem como pontos culminantes de trajetórias - são, na maioria das vezes, conquistas efêmeras. Ou seja, chegam e vão embora. Passam, simplesmente, e - com elas - levam infindáveis castelos de areia construídos sob pilares de vento.


Ah, o conhecimento não. Edificante, pois é feito de "concreto puro", agrega substâncias inimagináveis às jornadas. Demora a dar frutos, porém, quando isso acontece, os sabores e cheiros são infinitamente mais doces. Orgásmicos, por que não assim dizer.


O que é arquitetado com base no conhecimento dificilmente é quebrado. Aos desavisados, segue o brado: dinheiro, sucesso e poder de verdade só podem ser gerados via “constructio cognitonis”. Caso contrário, é espuma que rapidamente se espraia ante o ir e vir das ondas.


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Canalhadas voltou

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Fazia muito tempo que Canalhadas não era atualizado. Foi um longo período de dedicação a outros projetos profissionais, que, diga-se de passagem, contribuíram para o amadurecimento de idéias a serem, a partir de agora, colocadas em prática.


Este blog vai mudar. Mas não será nada exagerado. Só vai ganhar um tom mais noticioso. Aqui, teremos retratos cotidianos dos principais acontecimentos que se desenrolam nos municípios da Região Metropolitana de Salvador. Contudo, registre-se: em linguagem própria, descontraída, “sacana” e livre para subverter o status quo do idioma nacional.


Para concluir, Canalhadas não abrirá, sob hipótese alguma, mão de sua vocação para o protótipo de poesia, a fotografia e a música. Isso é marca registrada. Questão de DNA. Impossível de se alterar.


Um grande abraço e vamos que vamos!


Geraldo Honorato

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O bom futebol e a vibração

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A partida contra o Chile trouxe dois velhos e saudosos conhecidos do futebol brasileiro: vibração e bom futebol. Assim, juntos e sintonizados, como são as boas parcerias.

E por falar nas boas parcerias, não podemos deixar de citar o bom desempenho de Robinho e Kaká, que teve lampejos dos maravilhosos tempos em que rasgava as defesas adversárias com arrancadas de 30 metros.

A cereja no bolo, o responsável pelo toque letal foi Luís Fabiano, cuja transferência do Sevilla, onde joga atualmente, para o Milan deve se concretizar logo depois da Copa. Ele, que é uma mescla de Serginho Chulapa, rompedor de defesas na força, com Túlio Maravilha, o homem gol por excelência, mais uma vez mostrou oportunismo.

Com a entrada de Ramires, o meio-campo melhorou consideravelmente. Ficou mais leve, dinâmico e criativo. Mas essa evolução também deve ser creditada a boa atuação de Kaká, que se movimentou bastante e foi decisivo nos passes e na aplicação do sistema tático. Defendo essa tese porque acredito que, se o camisa 10 estiver bem, aumentam consideravelmente as chances do time canarinho levantar o caneco.

Na defesa, há dois dos melhores jogadores do mundial da África do Sul. Juan, clássico, a razão em pessoa. Lúcio, o craque da Copa até agora, é a emoção à flor da pele. Diferentes, mas combinantes, formam – juntos - uma muralha, a mais eficiente dupla de zaga dos últimos anos. E ainda tem Júlio Cesar, o melhor goleiro do planeta no momento. Enfim, é uma baita defesa.

Na sexta-feira teremos a Holanda pela frente, uma equipe forte, rápida e cheia de talento que está invicta há 23 jogos. Se Kaká estiver inspirado e iluminado, temos grande possibilidade de avançar. No geral, as equipes se equivalem e o duelo será decidido na individualidade e na capacidade de fazer o imprevisível acontecer. Resta agora torcer e esperar.

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Para o bem do futebol, a celeste olímpica está de volta

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Antes de mais nada, esqueça a histórica rivalidade e pense somente na retomada da grandeza do futebol sul-americano. A ascensão do Uruguai é, até agora, o principal destaque desta Copa do Mundo.

O melhor de tudo é que a celeste olímpica vem tendo inúmeros méritos na bem sucedida campanha. Dois dos principais deles são a superação da violência gratuita em campo, triste marca criada nas duas últimas décadas, e a revelação de uma geração de bons atacantes, como Suarez, Cavanni e Diego Forlan, que apesar dos 31 anos de idade disputa apenas o segundo mundial. Cabe ressaltar que o trio atual é o melhor desde Francescoli, o ídolo de Zidane, Ruben Sosa e Daniel Fonseca.

No entanto, a raça, o empenho e paixão pela pátria continuam intactas. O capitão Diego Lugano, grande ídolo da torcida do São Paulo, é prova viva disso. Até mesmo os atletas mais limitados, compensam as deficiências com vontade acima da média.

O Uruguai, cuja camisa é mais bonita dentre todas as seleções, já ganhou a sua Copa particular. Conseguiu, segundo classifica a imprensa nacional, reconquistar a auto-estima. Consequentemente, perdeu o complexo de vira-latas. De último classificado para a África do Sul, foi líder do grupo A, detonou o bom conjunto da Coréia do Sul e está garantido nas quartas-de-final.

Enfim, superou todas as expectativas. O que vier de agora em diante é lucro. E desse jeito, sem maiores cobranças, o time comandado por Oscar Tabarez pode ir longe.

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Brasil: problemas apontados na convocação se apresentaram contra Portugal

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Terminei este artigo antes dos 40 minutos do segundo tempo da partida entre Brasil e Portugal, válida pela terceira rodada do grupo G da Copa do Mundo da África do Sul. Mesmo que o time de Dunga vencesse o jogo, publicaria sem receio as razões que me deixam temeroso em relação ao desempenho da equipe canarinho.

Com um elenco ruim por opção, já que Hernanes, Ganso, Neimar e Tiago Motta, dentre tantos outros craques, ficaram de fora do plantel por puro capricho do zangado treinador, a seleção carece cronicamente de criatividade, principalmente no meio-de-campo, e competência coletiva. A título de provocação, alguém sabe mesmo por que o flamenguista Kleberson foi convocado?

O confronto contra Portugal foi sintomático e esclarecedor. Apontou diretamente os problemas sinalizados ainda na convocação, quando a maior parte dos jornalistas esportivos – torcedores também - questionou a falta de um substituto direto – e à altura - para Kaká, que com certeza não é o esforçado Júlio Baptista, reserva nos últimos dois clubes por onde atuou (Real Madri e Roma).

A batalha contra os lusitanos deixou claro também o demasiado “peso” do meio-campo, carregado de volantes com deficiências básicas no passe vertical. Felipe Melo e Gilberto Silva tocam a bola teimosamente de um lado para o outro, erram lances bobos e aplicam golpes marciais aos montes. A dupla marca bem, mas faz praticamente o mesmo papel de contentor. E só.

A lateral-esquerda é outro grande problema. Michel Bastos - que é um bom futebolista, porém não joga na posição desde que se transferiu para o Lyon - parece não ter a confiança do grupo. Não tocam a bola para ele e, inseguro, erra demais quando é acionado. Avalio que esse setor foi o mais prejudicado pela convocação de Dunga. Por mérito, os selecionados deveriam ser Marcelo, do Real Madri, e Andre Santos, ex-Corinthians e atualmente no Fenerbache.

Mas tudo o que foi dito acima não exclui a possibilidade de o escrete canarinho ser campeão, até porque o mundial da África do Sul tem apresentado baixo nível técnico. Não há um time que destoe como grande favorito. O que existe é um grupo de quatro seleções (Brasil, Argentina, Espanha e Holanda) que se equivalem. A partir daí tudo, dentro de uma certa previsibilidade, pode acontecer.

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Craque francês do passado não acredita na seleção do seu país

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O ex-zagueiro Marcel Desailly, campeão do mundo em 98, acha que a seleção francesa não passará da primeira fase na Copa da África do Sul. Ele, que também jogou o fino da bola com as camisas do Milan e do Chelsea, chegou a conclusão – publicada em artigo no jornal britânico Sunday Times - com base no desempenho do time nos últimos amistosos. Semana passada os le bleus perderam para China.

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Estréia do Brasil na Copa

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O escrete canarinho estréia no dia 15 de junho, às 15h30 (horário de Brasília), contra a Coréia do Norte. A partida válida pelo grupo G será disputada em Johanesburgo.

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O Bicho do Brasil

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Caso a seleção seja campeã, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pagará R$ 50 mil de premiação para cada jogador, um valor pequeno se considerarmos os US$ 30 milhões que a FIFA “dará” para a equipe vencedora do mundial da África do Sul. Com um elenco formado por 23 estrelas, quase todas com salários milionários, convenhamos que o “bicho” [como a premiação por títulos é chamada entre os boleiros] não chega a ser tentador.

Além disso, a seleção brasileira arrecada a estratosférica quantia de US$ 200 milhões por ano somente com publicidade, o que significa que, em caso de título, a premiação de toda equipe [23xR$50mil=R$ 1.150 milhão] corresponderá a menos de um 1% do faturamento anual da CBF.

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Maradona e a privada de luxo

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Sempre excêntrico, Maradona solicitou a troca da privada do seu quarto por um modelo de luxo equipado com sistema de aquecimento d’água que custa algo em torno de três mil reais. De uma coisa a Argentina pode ter certeza na Copa: vem muita merda por aí.

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Dunga: o zangado

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O técnico Dunga tem um relacionamento complicado com a imprensa. Evita entrevistas casuais, só fala em coletivas, não aceita críticas ao seu trabalho e abusa de respostas mal criadas. Uma das últimas peripécias do zangado treinador foi se queixar de que os jornalistas falam dele pelas costas. Por que será, hein? Ele disse ainda que utiliza as matérias negativas sobre a seleção brasileira para motivar os jogadores.

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