O bom futebol e a vibração

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A partida contra o Chile trouxe dois velhos e saudosos conhecidos do futebol brasileiro: vibração e bom futebol. Assim, juntos e sintonizados, como são as boas parcerias.

E por falar nas boas parcerias, não podemos deixar de citar o bom desempenho de Robinho e Kaká, que teve lampejos dos maravilhosos tempos em que rasgava as defesas adversárias com arrancadas de 30 metros.

A cereja no bolo, o responsável pelo toque letal foi Luís Fabiano, cuja transferência do Sevilla, onde joga atualmente, para o Milan deve se concretizar logo depois da Copa. Ele, que é uma mescla de Serginho Chulapa, rompedor de defesas na força, com Túlio Maravilha, o homem gol por excelência, mais uma vez mostrou oportunismo.

Com a entrada de Ramires, o meio-campo melhorou consideravelmente. Ficou mais leve, dinâmico e criativo. Mas essa evolução também deve ser creditada a boa atuação de Kaká, que se movimentou bastante e foi decisivo nos passes e na aplicação do sistema tático. Defendo essa tese porque acredito que, se o camisa 10 estiver bem, aumentam consideravelmente as chances do time canarinho levantar o caneco.

Na defesa, há dois dos melhores jogadores do mundial da África do Sul. Juan, clássico, a razão em pessoa. Lúcio, o craque da Copa até agora, é a emoção à flor da pele. Diferentes, mas combinantes, formam – juntos - uma muralha, a mais eficiente dupla de zaga dos últimos anos. E ainda tem Júlio Cesar, o melhor goleiro do planeta no momento. Enfim, é uma baita defesa.

Na sexta-feira teremos a Holanda pela frente, uma equipe forte, rápida e cheia de talento que está invicta há 23 jogos. Se Kaká estiver inspirado e iluminado, temos grande possibilidade de avançar. No geral, as equipes se equivalem e o duelo será decidido na individualidade e na capacidade de fazer o imprevisível acontecer. Resta agora torcer e esperar.

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Para o bem do futebol, a celeste olímpica está de volta

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Antes de mais nada, esqueça a histórica rivalidade e pense somente na retomada da grandeza do futebol sul-americano. A ascensão do Uruguai é, até agora, o principal destaque desta Copa do Mundo.

O melhor de tudo é que a celeste olímpica vem tendo inúmeros méritos na bem sucedida campanha. Dois dos principais deles são a superação da violência gratuita em campo, triste marca criada nas duas últimas décadas, e a revelação de uma geração de bons atacantes, como Suarez, Cavanni e Diego Forlan, que apesar dos 31 anos de idade disputa apenas o segundo mundial. Cabe ressaltar que o trio atual é o melhor desde Francescoli, o ídolo de Zidane, Ruben Sosa e Daniel Fonseca.

No entanto, a raça, o empenho e paixão pela pátria continuam intactas. O capitão Diego Lugano, grande ídolo da torcida do São Paulo, é prova viva disso. Até mesmo os atletas mais limitados, compensam as deficiências com vontade acima da média.

O Uruguai, cuja camisa é mais bonita dentre todas as seleções, já ganhou a sua Copa particular. Conseguiu, segundo classifica a imprensa nacional, reconquistar a auto-estima. Consequentemente, perdeu o complexo de vira-latas. De último classificado para a África do Sul, foi líder do grupo A, detonou o bom conjunto da Coréia do Sul e está garantido nas quartas-de-final.

Enfim, superou todas as expectativas. O que vier de agora em diante é lucro. E desse jeito, sem maiores cobranças, o time comandado por Oscar Tabarez pode ir longe.

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Brasil: problemas apontados na convocação se apresentaram contra Portugal

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Terminei este artigo antes dos 40 minutos do segundo tempo da partida entre Brasil e Portugal, válida pela terceira rodada do grupo G da Copa do Mundo da África do Sul. Mesmo que o time de Dunga vencesse o jogo, publicaria sem receio as razões que me deixam temeroso em relação ao desempenho da equipe canarinho.

Com um elenco ruim por opção, já que Hernanes, Ganso, Neimar e Tiago Motta, dentre tantos outros craques, ficaram de fora do plantel por puro capricho do zangado treinador, a seleção carece cronicamente de criatividade, principalmente no meio-de-campo, e competência coletiva. A título de provocação, alguém sabe mesmo por que o flamenguista Kleberson foi convocado?

O confronto contra Portugal foi sintomático e esclarecedor. Apontou diretamente os problemas sinalizados ainda na convocação, quando a maior parte dos jornalistas esportivos – torcedores também - questionou a falta de um substituto direto – e à altura - para Kaká, que com certeza não é o esforçado Júlio Baptista, reserva nos últimos dois clubes por onde atuou (Real Madri e Roma).

A batalha contra os lusitanos deixou claro também o demasiado “peso” do meio-campo, carregado de volantes com deficiências básicas no passe vertical. Felipe Melo e Gilberto Silva tocam a bola teimosamente de um lado para o outro, erram lances bobos e aplicam golpes marciais aos montes. A dupla marca bem, mas faz praticamente o mesmo papel de contentor. E só.

A lateral-esquerda é outro grande problema. Michel Bastos - que é um bom futebolista, porém não joga na posição desde que se transferiu para o Lyon - parece não ter a confiança do grupo. Não tocam a bola para ele e, inseguro, erra demais quando é acionado. Avalio que esse setor foi o mais prejudicado pela convocação de Dunga. Por mérito, os selecionados deveriam ser Marcelo, do Real Madri, e Andre Santos, ex-Corinthians e atualmente no Fenerbache.

Mas tudo o que foi dito acima não exclui a possibilidade de o escrete canarinho ser campeão, até porque o mundial da África do Sul tem apresentado baixo nível técnico. Não há um time que destoe como grande favorito. O que existe é um grupo de quatro seleções (Brasil, Argentina, Espanha e Holanda) que se equivalem. A partir daí tudo, dentro de uma certa previsibilidade, pode acontecer.

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Craque francês do passado não acredita na seleção do seu país

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O ex-zagueiro Marcel Desailly, campeão do mundo em 98, acha que a seleção francesa não passará da primeira fase na Copa da África do Sul. Ele, que também jogou o fino da bola com as camisas do Milan e do Chelsea, chegou a conclusão – publicada em artigo no jornal britânico Sunday Times - com base no desempenho do time nos últimos amistosos. Semana passada os le bleus perderam para China.

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Estréia do Brasil na Copa

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O escrete canarinho estréia no dia 15 de junho, às 15h30 (horário de Brasília), contra a Coréia do Norte. A partida válida pelo grupo G será disputada em Johanesburgo.

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O Bicho do Brasil

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Caso a seleção seja campeã, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pagará R$ 50 mil de premiação para cada jogador, um valor pequeno se considerarmos os US$ 30 milhões que a FIFA “dará” para a equipe vencedora do mundial da África do Sul. Com um elenco formado por 23 estrelas, quase todas com salários milionários, convenhamos que o “bicho” [como a premiação por títulos é chamada entre os boleiros] não chega a ser tentador.

Além disso, a seleção brasileira arrecada a estratosférica quantia de US$ 200 milhões por ano somente com publicidade, o que significa que, em caso de título, a premiação de toda equipe [23xR$50mil=R$ 1.150 milhão] corresponderá a menos de um 1% do faturamento anual da CBF.

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Maradona e a privada de luxo

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Sempre excêntrico, Maradona solicitou a troca da privada do seu quarto por um modelo de luxo equipado com sistema de aquecimento d’água que custa algo em torno de três mil reais. De uma coisa a Argentina pode ter certeza na Copa: vem muita merda por aí.

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Dunga: o zangado

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O técnico Dunga tem um relacionamento complicado com a imprensa. Evita entrevistas casuais, só fala em coletivas, não aceita críticas ao seu trabalho e abusa de respostas mal criadas. Uma das últimas peripécias do zangado treinador foi se queixar de que os jornalistas falam dele pelas costas. Por que será, hein? Ele disse ainda que utiliza as matérias negativas sobre a seleção brasileira para motivar os jogadores.

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Jeitinho norte-coreano

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A seleção da Coréia do Norte tentou enganar a Federação Internacional de Futebol (FIFA) e se deu mal. O time da terra do ditador Kim Jong-il inscreveu dois ao invés de três goleiros. A vaga reservada ao terceiro guarda-metas foi preenchida por um atacante. No entanto, a FIFA foi rápida e avisou que o potencial artilheiro só poderá atuar na Copa da África do Sul se for entre as traves: não fazendo gols, mas evitando que a bola cruze a derradeira linha.

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Espere o pior, sempre!

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Sábia desde menina é a amiga que disse “faça o melhor, espere o pior e receba o que vier”. Não sei o porquê, mas nunca esqueci disso. Carrego esse ensinamento como um pé-de-coelho, pois assim, pensando dessa forma, as coisas ficam mais fáceis. Sofremos menos, os pés ficam mais presos ao chão e a expectativa, vilã das grandes desilusões, diminui consideravelmente o seu poder de fogo.

Sei muito bem o caminho. O meu melhor fica em cada canto por onde passo, independente de pessoas, revés e circunstâncias. Cumpro as tarefas delegadas sem esperar reconhecimento. Ajudei e fui ajudado muitas vezes. Ultimamente beneficio mais do que sou beneficiado. Resolvo mais do que sou resolvido.

Não desvio a rota. Sem aplausos, sigo em marcha descompassada. Não reclamo, afinal fui avisado e me preparei para tal. De tudo isso, só lamento o fato de os textos de blog serem espelhos irreais. Deontologia pura.

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No espelho do aniversário

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Parece que foi ontem. Sempre tenho essa impressão nas proximidades do meu aniversário. Repasso cenas e acontecimentos importantes da minha vida.

Hoje, dia 03 de março de 2010, quando completo 28 anos, certamente não serei o mesmo de hoje. Não que haja algum motivo especial em decorrência da mudança de ciclo, até porque acredito na mudança diária, no aprendizado cotidiano, na modificação constante. Nascemos, crescemos, amadurecemos, amadurecemos, amadurecemos e, por fim, um dia, morremos.

Não posso reclamar de nada. Vivo intensamente. Conheci pessoas especiais na hora certa e no momento oportuno. Tive muitos amores com os quais refluí e acelerei processos e aprendi muito. Tenho a deferência de contar com grandes companheiros, entendedores de todas as vicissitudes de um aspirante a intelectualidade que com certeza nunca terá.

É verdade que sofri muito, chorei em silêncio, agüentei as piores e mais tristes dores no meu cantinho, no escuro da madrugada. Sozinho. Isso me deu couraça. Ensinou-me a viver.

Se tivesse a possibilidade de mudar, não o faria. Fui forjado assim, na luta, na labuta, no sofrimento, no riso, na alegria e na dor de quem - para sempre - terá a atitude para ser errante. Só não me permito a covardia. Bem vinda nova primavera.

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Rapidinha de elevador

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"O Passado não é o que passou. É o que ficou do que passou"

Alceu Amoroso Lima

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Rapidinha da boa

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"Todo do cais é uma saudade de pedra"

(João Bosco e Aldir Blanc)

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Acho que já estive aqui...

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Brasileiras e brasileiros. Ai, ai, ai... Certamente esse não é um bom bordão para começar a prosa, pois lembra uma persona non grata da história não tão recente da política nacional. Companheiras e companheiros soa melhor. É mais emotivo, humano, verdadeiro e casual. Além do mais, em se tratando de estilo, combina mais comigo e minha parca biografia de ex-brizolista, tocador de cavaquinho, arranhador de violão, fotografo amador e petista. Em resumo, um cabra popular, besta, incoerente e sem dinheiro no banco como todo bom rapaz latino americano.

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O Filho do Brasil e as complicações pós-parto

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Tive a impressão de que assisti a um imenso comercial de televisão. Talvez um documentário mequetrefe. Mas filme não foi, absolutamente. A história, cujo enredo é, por mérito próprio rico e emocionante, não foi contada com a maestria típica dos grandes cineastas, que conferem espetacular emoção a cada cena, arrebatando a atenção e tocando o coração da platéia. Mas aí já seria esperar demais, tendo em vista que o próprio diretor, o cineasta Fábio Barreto, declarou à imprensa – sem nenhum tipo de constrangimento – que foi apenas um projeto para ganhar dinheiro.

Lembrei-me agora dos “filmetes” produzidos no pleito de 2002, pelo bom Duda Mendonça, na eleição para presidente da República. Mesmo considerando as particularidades daquele momento, no qual o país vivia a expectativa de experimentar o novo em termos políticos, avalio que os “vetês” da campanha eleitoral dialogaram mais com a emoção do brasileiro do que a recente película sobre a epopéia do menino de Caetés.

Também entendo perfeitamente a tênue diferença entre propaganda e cinema, embora as duas coisas estejam cada vez mais imbricadas nos tempos atuais. Essa relação, aliás, já vem de muito tempo. Só para citar um caso, vamos ao exemplo dos bem sucedidos filmes produzidos por Goebells, um dos braços direito de Hitler, para semear a ideologia nazista entre os jovens alemães.

É justamente baseada na relação entre o filme “O Filho do Brasil” e a eleição geral de 03 de outubro, tendo em vista um possível favorecimento da candidatura da ministra Dilma Roussef, a escolhida de Lula para medir forças com os demo-tucanos, verdes e quem mais se escalar, que a oposição ao governo do PT vem chiando em todos os níveis.

A avaliação é de que a fita sobre a vida de Lula é campanha fora de época. E, cá pra nós, não estão de um todo errado!

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Faça o bem sempre

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É dito e certo. Sempre fico meio depressivo nas festas de final de ano. Não sei dizer por quê. Talvez seja pelo fato de ser arredio a manifestações de falsa coletividade, o que é comum no Natal e no Ano Novo, onde pessoas que “se odeiam” assumem entre si, pelo menos durante pouco mais de uma semana, o discurso público de “tudo de bom para você e sua família”.

Minha excentricidade é violentamente afetada no período natalino. Os campeonatos de futebol internacional param e, com isso, um dos meus passatempos prediletos vai para o espaço. Na televisão, quase todos os filmes versam sobre a comemoração que remete ao nascimento do menino Jesus, o Messias que, segundo a história cristã, deu a vida em prol da salvação do planeta. As músicas típicas não mudam nunca. Há uma delas que chama a atenção em especial. A letra diz assim: “Então é Natal... e o que você fez?”.

Quer saber realmente? Neste sentido, não “inventei” nadica de nada no Natal, pois acho que as coisas boas devem ser feitas cotidianamente. Não apenas em função de uma ocasião, como uma forma de, com um gesto isolado, limpar a barra depois de um ciclo inteiro de “maldades”, hipocrisia e demagogia, que talvez seja a palavra definidora do pensamento que humildemente exponho aqui.

O bem precisa ser contínuo, perene, linear e constante. Sem data ou previsão de início e fim. Faça-o minimamente todos os dias, porque, além de ajudar o semelhante, revigora quem o executa. E tem um detalhe fundamental: não precisa ser publicizado e nem implica necessariamente em auxílio financeiro. Pode ser uma palavra, um aperto de mão, um sorriso ou até um “não” bem colocado.

A sociedade, de uma forma geral, precisa parar de pensar no Natal e no Ano Novo de forma comercial, pois é isso que acontece. No entanto, a maioria das pessoas nem se dão conta disso. Outros sabem, têm consciência, e gostam. Nada contra.

Não pense somente no que você fez no Natal. Concentre o foco no dia-a-dia e tente fazer o bem em 12 de agosto, 07 de março, 23 de julho, 14 de novembro, 06 de janeiro, 17 de fevereiro... Todo dia é dia

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Olhar para o lado não tira pedaço

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“De tudo que é nego torto, do mangue e do cais do porto, nela já fez moradia”. Precisava de uma frase para começar o texto. Quebrei a cabeça, mas não veio nada verdadeiramente original. Recorri, então, a genialidade de outrem, no caso Chico Buarque de Holanda e a sua pegajosa música “Joga Pedra na Geni”, para falar um pouco sobre a vida, os medos, a angústia, os erros, os acertos e a falta de paz que destrói o coração.

Quase todas as vidas se fundamentam na busca por alguma coisa: uma caçada ao tesouro, a procura de um grande amor, o sonho do estrelato, o reconhecimento humano, a resolução de alguma questão cabal, o sentido e a fundamentação da própria existência... Enfim, estamos o tempo todo atrás de respostas.

Às vezes, as respostas não se apresentam formalmente, aparecem de forma cifrada, ininteligível a olhos de pouca fé. Por isso, é necessário estar mais atento aos sinais, aos gestos aparentemente despretensiosos. A falsa bestialidade volta e meia elucida questões.

Conheço pessoas que passaram a vida inteira à procura de resoluções que o tempo todo estiveram ao lado delas. Não as enxergaram por miopia existencial, falta de sensibilidade ou porque o tempo todo concentraram o foco em seus mundinhos particulares. Simplesmente esqueceram-se de observar ao redor. E não foram capazes de entender os gestos.

Mas pior ainda é quando se perde algo para finalmente saber que o tínhamos o tempo todo. Aí, quando isso acontece, bate a noção exata do quão idiota, previsível e asqueroso é o bicho homem, ao ser picado pelo espírito de dominante da espécie...

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