Antes de mais nada, esqueça a histórica rivalidade e pense somente na retomada da grandeza do futebol sul-americano. A ascensão do Uruguai é, até agora, o principal destaque desta Copa do Mundo.

O melhor de tudo é que a celeste olímpica vem tendo inúmeros méritos na bem sucedida campanha. Dois dos principais deles são a superação da violência gratuita em campo, triste marca criada nas duas últimas décadas, e a revelação de uma geração de bons atacantes, como Suarez, Cavanni e Diego Forlan, que apesar dos 31 anos de idade disputa apenas o segundo mundial. Cabe ressaltar que o trio atual é o melhor desde Francescoli, o ídolo de Zidane, Ruben Sosa e Daniel Fonseca.

No entanto, a raça, o empenho e paixão pela pátria continuam intactas. O capitão Diego Lugano, grande ídolo da torcida do São Paulo, é prova viva disso. Até mesmo os atletas mais limitados, compensam as deficiências com vontade acima da média.

O Uruguai, cuja camisa é mais bonita dentre todas as seleções, já ganhou a sua Copa particular. Conseguiu, segundo classifica a imprensa nacional, reconquistar a auto-estima. Consequentemente, perdeu o complexo de vira-latas. De último classificado para a África do Sul, foi líder do grupo A, detonou o bom conjunto da Coréia do Sul e está garantido nas quartas-de-final.

Enfim, superou todas as expectativas. O que vier de agora em diante é lucro. E desse jeito, sem maiores cobranças, o time comandado por Oscar Tabarez pode ir longe.
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