Certo dia uma figura admirável, protagonista de muitas experiências, me disse que “ganha quem erra menos”. Refleti sobre isso como quem assimila o silêncio do outro. O grande ensinamento da frase em questão é a admissão de que todo mundo erra; só não erra quem não joga. E, daí, viver sem jogar é não justificar a própria existência e construir uma trajetória com honra genérica.

Quando se faz qualquer investimento, de cara os percentuais de vitória e derrota são os mesmos, cinqüenta por cento de parte a parte. Mas a possibilidade de se dar mal pode nos fazer abrir mão de entrar em disputas? Pode sim. No entanto, se assim o for caracterizam-se os grandes atos de covardia. Ora, ora... para visualizar os brancos peitos de Deus, é necessário, por muitas vezes, flertar com o demônio.

Além disso, como dizia o saudoso mestre Darcy Ribeiro, um dos últimos políticos românticos dos nossos tempos, há derrotas das quais devemos nos orgulhar, pelo simples fato de ter travado o bom combate, lutado com disciplina e, acima de tudo, por defender uma idéia considerável. Não se trata de aceitar a queda numa boa. Assim como a maioria das pessoas, odeio perder. Pois o bom mesmo é ganhar. Melhor ainda é poder aprender com a vitória e a derrota. Fazer de qualquer limão uma limonada.

Comemorar com galhardia e refletir com a derrota é saber viver. Vivamos!
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